terça-feira, 14 de junho de 2016

As perigosas receitas da vovó! - Por Dra. Vanessa Monteiro

Olá, meu nome é Vanessa Monteiro. Sou nutricionista há 15 anos, mãe e corredora. Sempre quis ajudar as pessoas a viverem melhor e com a nutrição, descobri que isso é possível por meio dos alimentos. 

Quando tive a minha primeira filha, há quase 10 anos atrás, sofri do "no meu tempo". Todos que davam palpites, diziam que "no seu tempo" era de um jeito, ou de outro. Na verdade, foi difícil convencer as pessoas, de que eu iria fazer diferente do tempo das avós. Iria fazer do jeito que estudei na faculdade e do jeito que acreditava ser mais saudável. As questões eram muitas, a começar pela amamentação. Você não dá nem água?, eu escutava. Não, respondia. Só o leite materno já é suficiente para sustentar o bebê. E um chá de erva-doce para cólica? Também não. E assim, continuou. Houve um tempo em que a regra era começar a oferecer outros alimentos para os bebês aos três meses. Hoje, já é sabido que o aleitamento exclusivo deve ocorrer até os seis meses de idade, quando possível. Sem falar da introdução de alimentos proibidos nessa faixa etária como chocolate: Ah, só um brigadeiro... Só um refrigerante.. Uma balinha... Um docinho... Existem alimentos proibidos até 1 ano de idade, como chocolate, morango, mel. Nesses, incluiria o açúcar, o qual acho que deve ser evitado o máximo de tempo possível. 

E o espanto, quando você decide não adoçar sucos!!! 

Apesar disso tudo, me mantive firme no que estudei e acredito e a compensação veio. Minhas filhas são crianças de alimentação muito saudável e que sobreviveram aos muitos palpites que todas as mães escutam. 

Na verdade, todas essas recomendações têm razão de ser. Muitas alergias alimentares são evitadas, pois alguns alimentos são potencialmente alérgicos, clara de ovo, oleaginosas, frutas cítricas, leite de vaca. Esses alimentos desencadeiam reações imunológicas podendo causar alergias. Como o aparelho gastrointestinal dos bebês não possui mecanismos de digestão para receber certos tipos de alimentos, esses podem também, causar diarreias e desidratação. 


A boa notícia é que as vovós, titias de hoje, estão muito mais antenadas e informadas. Aceitam que no nosso tempo é diferente e que estamos em busca de saúde, sempre! E, mamães sejam fortes. Às vezes, a pressão é muita, principalmente quanto à alimentação. Mas podem usar a nutri como desculpa. Quando a gente diz, mas a nutricionista falou... Parece mágica. As pessoas normalmente respeitam e mais ainda, se conformam. Fica mais fácil. 

terça-feira, 7 de junho de 2016

Um fantasma chamado H1N1 - Por Dra. Fernanda Catharino

Sinceramente, desde 2009 batizei esse vírus de fantasma. Só quem viveu aquele pesadelo em 2009 vai entender o que quero dizer com isso.... Pânico total e geral! Emergências lotadas, crianças morrendo, internações mil, grávidas perdendo a vida ou dando a vida a bebês afetados.... que loucura!  

Assim ele chegou para conviver conosco, totalmente desconhecido. E isso era o que mais apavorava. Estávamos diante de uma epidemia causada por um “bicho” novo, que matava! Cada dia descobria-se algo sobre ele e enfrentamos a temporada com algoritmo clínico modificado a cada dia.  

Ao classificar o vírus como “parente próximo” do vírus da gripe, conseguimos pelo menos orientar melhor as pessoas: Lavar as mãos, não participar de aglomerações, proteger-se do contato com pessoas resfriadas, uso de álcool gel, foram medidas adotadas de imediato.

Logo depois foi disponibilizado um grupo de risco foi estabelecido. Com a faixa etária definida conseguimos filtrar os casos potencialmente suspeitos.
Por fim, conseguimos destacar sinais de alerta, que foi de grande valia para conter os ânimos nas Emergências.

Os trabalhos se intensificaram no sentido de disponibilizar com urgência uma vacina. E já em 2010 tínhamos a primeira campanha para o famoso H1N1 no Brasil.

Aí você deve estar se perguntando.... foi resolvido o problema? Nãããããoooooo! Vários implicadores fazem parte dessa negativa. Mas sem dúvida o maior deles é: A não adesão de 100 % das pessoas as vacinas!  Meu Deuuusss!!!!! Por que ainda temos pessoas que preferem correr riscos? E o pior, oferecerem riscos? Me pergunto todos os dias....  Por que ainda temos uma cultura de medo da vacina?

Isso é serio. Eu vivi esse pânico! Eu assisti um bebê contaminado perder a vida. Eu tinha um bebê de 10 meses em 2009 e por contato direto com criança contaminada fiquei sem vê-lo por 5 dias, tomando medicação específica pra não me contaminar. Eu sofri assistindo várias mães desesperadas. Eu fiquei uma mãe desesperada diante daquela cena.

E ai, chega 2016... 7 anos depois, e sou convidada a falar sobre o que fazer para prevenção do vírus H1N1. Vamos fazer um lembrete?
1.    Vacine-se e vacine toda a sua família! A vacina é oferecida na rede pública para os grupos de risco. O ideal é que todos sejam vacinados. A vacina demora de 2 a 3 semanas para conferir imunidade.
2.   Evite aglomerações na época de maior circulação do vírus. De abril a setembro, a época de temperaturas mais baixas as aglomerações são mais comuns.
3.   Lave suas mãos com água e sabão. Isso evita a disseminação direta do vírus.
4.   Proteja-se de secreções de pessoas resfriadas. Use lenços para proteger-se de tosses, espirros e corizas.
5.   Use álcool gel. Medida fácil para evitar a disseminação viral em qualquer lugar.
6.   Beba bastante líquidos para fluidificarem secreções de orofaringe.
7.   Incentivem a lavagem das narinas com soro fisiológico diariamente.



Medidas simples são capazes de impedir essa disseminação. Faça sua parte. Espalhe essas informações.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Primeiro Evento do Playing Paradise - Introdução Alimentar!!!


Experts!!! Parte VI - Fala, mas não pega!

Fechando nossas categorias de intromissões, vamos falar daquela que pode ser uma das mais perigosas... Aquela que a pessoa passa do limite da convivência social de forma física! Aqueles que não aguentam só falar no assunto... Ele tem que pegar!!! Que meter a mão!!! Quer ter uma intimidade que eles não tem!!! Tipo: Fala, mas não pega!!!

Gente, eu acho perigoso sim, sabe por que? Simples, as pessoas que te conhecem, sabem dos seus hábitos e vc também sabe dos delas. Então, até ai, ok! Afinal, se vc tem um primo que costuma ir no banheiro e não lavar a mão, vc vai evitar de dar seu filho pra ele segurar, ou ao menos, vai mandar ele lavar a mão antes de pegar o neném. Mas e as pessoas que vc não conhece? Os seres humanos que te abordam no meio da rua do nada e acham que tem q passar a mão no rosto do bebe ou segurar as mãozinhas dele!!! Socorro!!! Por onde que essa pessoa passou???? Onde ela botou a mão??? Ela costuma ser higiênica??? Não dá pra saber... Não vem escrito na testa.

Temos que tomar cuidado até com as pessoas próximas, pois, muitas vezes elas também não tem nem noção que podem fazer mal ao bebe... Vc pode até estar achando que eu estou sendo drástica, mas sei de várias histórias de pessoas próximas que foram visitar bebes e as crianças pegaram uns virus horríveis!!! O macete é alcool-gel mesmo!!! Ainda mais nesses tempos e H1N1... Em casa e na bolsa! Infelizmente!

Comigo nunca rolou nada demais... Mas quando o Jonas era bem bebezinho, devia ter 1 mês, no máximo, uma prima do meu marido veio aqui visita-lo. Ela é uma pessoa limpinha e higiênica que eu sei! Mas usa maquiagem... Pois é... Ela pegou o Jonas no colo e resolveu beija-lo... Ela estava de batom... Ja viu né?! O garoto ficou todo empolado... Acontece! Com certeza, ela não sabia que isso podia rolar... Inclusive porque ela não tem filhos e com certeza não fez isso por mal, mas até essa atitude simples, virou um problema para um serzinho tão sem defesas próprias.

Tenho amigas que os familiares são piores! Se acham no direito de agarrar a criança, enfiar a mão da criança na boca!!! Ou até, pior, e enfiar mão na boca da criança!!! Tipo um bebe de 3 meses!!! Familia, né?! Todo mundo tem o mesmo anti-corpo, né?! Só que não!!! Teve uma que o avô foi visitar o neto e estava meio resfriado... Besteira, uma gripezinha de nada!!! Gente, a criança foi internada com pneumonia!!! Um bebe de 15 dias!!! Imagina a coitada da mãe!!! Que mal foi pra casa com seu filho, ainda estava se adaptando com a amamentação e a cria foi parar num CTI Neonatal!!!! 

Imagina os seres humanos desconhecidos sem noção?! Uma outra amiga, me contou a historia dela. A filhinha dela devia ter uns 8 meses, estava no carrinho passando com a mãe e a irmã mais velha, quando veio uma senhora, do nada e enfiou a cabeça e as mãos dentro do carrinho da bebe!!! Gente! Imagina, no meio da rua, um ser que vc nunca viu na vida!!! Fora pensar em sequestro né?! Donde essa pessoa achou que estava pra invadir desse jeito o espaço do bebe??? Minha amiga deu um grito!!! Foi mais de susto! Mas depois praguejou de raiva mesmo!!! Chamou a mulher de louca pra baixo! Vou te falar que eu acho que faria igual! Mas Graças a Deus, ele tira esses loucos do meu caminho!!! Imagina se essa pessoa tem um H1N1 da vida!!! É muita falta de noção!!! 

Falando nisso, nosso proximo post vai ser sobre essa questão da H1N1. Nossa parceira, Dra Fernanda Catharino vai nos explicar como proteger os bebes e as mamães também!!!