segunda-feira, 30 de novembro de 2015

De dentro pra fora!!!

Eu sempre fiz atividade física... Não que eu seja a marombeira, ou atleta, mas tenho um problema de frouxidão ligamentar que só se resolve puxando ferro mesmo!!! Pra vcs terem uma ideia, meu ombro direito já saiu do lugar tantas vezes, que não tenho mais um dos tendões... Isso foi meio dramático! 
Pois quando descobri que meu tendão já era, faltavam 4 meses pro meu casamento e meu medico queria operar, sendo que a recuperação desse tipo de cirurgia são 6 meses do braço numa tipoia... Imagina que lindo, eu de tipoia branca casando na praia!!! Mas quem tem amigos, tem tudo!!! Minha amiga fisioterapeuta, Maite, me acalmou e disse: Vamos dar uma jeito de vc não precisar operar! E realmente, deu! Em 2 meses, meu braço estava ÓTEMO!!! Até o medico ficou admirado! E descartou a cirurgia, pois tinha recuperado as funções da articulação... 

Assim, o meu caso não era bizarro... O tendão que eu arrebentei era um que podia ser suprido pelas musculaturas do entorno, por isso que a fisioterapia funcionou. Mas dependendo do caso, só entrando "na faca" mesmo!

Isso foi só pra ilustrar, o nível da necessidade da pessoa de se manter em movimento... O ombro ainda é o mais tranquilo... Pior quando sai um tornozelo ou joelho... Isso sim é animado! Pra evitar isso, só com muita atividade mesmo! Na minha gravidez, tive que fazer um bom acompanhamento disso, pois não se pode tomar nada de remédio né?! Então, a palavra foi prevenção mesmo! Tanto que eu malhei até a véspera do nascimento do Jonas. E tinha acompanhamento de fisioterapia, também, o que foi ótimo, pois ajudou a evitar aquelas dores nas pernas e costas que toda gravida fica, né?! Eu nem tive tantas dores nas costas, mas meu quadril acabava comigo!!! Como as ancas abrem para a acomodação do bebe, meu quadril alargou que até hoje, não voltou pro lugar...

Mas além de cuidar do corpo, pelo lado de fora, eu cuidei, também, pelo lado de dentro: me alimentando bem! Não sei se eu cheguei a falar isso aqui, mas eu tenho Tireoidismo de Hashimoto. Gente, é um saco!!! É aquela doença da tireoide que bagunça o organismo da pessoa, com animação!!! O meu tireoidismo era para hipo, ou entre os amigos, aquele que te engorda, mesmo!!! E é super complexo pra engravidar com hipotireoidismo, traz um monte de problemas pro bebe e pode até acabar em aborto... Mas quando eu fiquei gravida, meu tireoidismo foi pra hiper, aquele que emagrece! Tanto que perdi 4 quilos no começo da gravidez, pois meu metabolismo tava numa animação frenética!!! Pois é... Isso fez com que eu tivesse que organizar minha alimentação na gravidez, de um jeito, que não ficasse com carência de nada. Mas o metabolismo tava tão doido, que entrei na suplementação! Tive que tomar Whey Protein. Eu tomei esse da Probiótica, que eu ja usava pra terinar. Na realidade, eu acho esse suplementos todos com um gosto enjoado... Mas esse é mais leve que os outros que eu tomei. Pra mim, suplemento de proteina, tinha que ser salgado e não doce!!! Ia ser muito mais gostoso de consumir! Anyway...



La pro sétimo mês, eu estava apresentando possibilidade de parto prematuro, dai minha nutricionista, Cecilia Santos, resolveu fazer uma dieta especifica para fazer o bebe crescer! Foi tipo assim: "Vamos focar no bebe, como estamos na reta final, vou deixar de lado a preocupação como ganho de peso e vamos fazer esse bebe ficar pronto pra vir ao mundo!". E assim, fizemos! Entrou a suplementação e focou muito no consumo de proteína!

Mas, não teve jeito, com 35 semanas, tive que fazer uma cesária de emergencia, pois minha placenta tinha parado de funcionar... O metabolismo tava mutcho loco!!! O corpo tava consumindo tudo quanto era tipo de coisa, que pudesse, para gerar energia... Dai, foi a placenta que "rodou"! Minha medica até me preparou, porque, pela idade gestacional, o Jonas, provavelmente, teria que ir pra incubadora... Só que NÃO! A dieta da Cecilia fez tanto efeito, que ele nasceu menorzinho, afinal, ainda tinha um mês pra ficar na barriga, mas veio perfeito, com os pulmões, totalmente, operantes! Sai do hospital em 48 horas com meu bebe nos braço e amamentando!

Vou te falar, que sempre acreditei que o que a gente bota pra dentro, reflete muito no nosso lado de fora! E essa mudança boba na alimentação fez toda a diferença, na hora de um problema serio. Portanto, esse papo de vou "comer por dois", "depois eu faço dieta para voltar pro corpo, mas agora vou comer o que quiser", pode ser mó armadilha! Vc não tem como saber o que vai acontecer, então, é melhor se preparar mesmo! 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Mães ativas = bebes saudaveis! - Por Luciana Galvão

Quando a Renata me convidou para participar do blog, falando um pouco sobre atividade física na gestação, fiquei bastante animada! Falar sobre as duas coisas que mais amo na vida….fica até fácil!  (rsrsrs) Então vou me apresentar, rapidamente, para que vocês entendam…

Sou Luciana Galvão, formada em Educação física pela UFRJ, atuante na área de personal trainer e mãe do Arthur de 4 anos, a melhor parte de mim!
Em primeiro lugar, gostaria de esclarecer que as considerações que farei aqui, não são verdades absolutas. Cada mulher, cada gestação, cada esporte ou exercício, devem ser escolhidos e orientados com base na saúde da gestante, e sempre respeitando as orientações médicas.

Durante a minha gestação, eu me mantive ativa. Fazia caminhadas, natação, musculação e alongamentos.  Acha muito? Bom, eu trabalho com exercício e pratico esportes desde nova, então, não fiz nada que meu corpo já não estivesse adaptado.   Isso é importante! Iniciar suas atividades físicas quando se descobre gestante é diferente. Não pode? Pode…deve, mas a cautela deve ser redobrada!  Ainda assim, eu parei de corer, parei de andar de patins e de surfar (tá bom…esse ultimo é mentira…nunca surfei!)  Por que, não pode corer? Não pode andar de patins nem surfar?  Poder, pode, mas eu, particularmente, não queria corer o risco de me sobrecarregar com impactos ou quedas.

Daí você pode pensar: "mas a “fulana” participou de maratona. A “beltrana” fazia yoga na sauna…" e eu vou ser bem direta na minha resposta: Conheço inúmeras gestantes que jogaram vôlei profissional, fizeram triathlon, surfaram e ficaram ótimas, mas, definitivamente, são a minoria.  E eu aposto que a “fulana” e a “beltrana”    treinavam “hard” de longa data….

Então, a grande questão da atividade física na gestação é manter-se ativa, para que a gestação e a recuperação pós –parto seja melhor.

Como assim? Ora, durante a gestação sofremos uma sobrecarga de hormónios tão grande que somos capazes de formar um feto!!! As diferentes fazes da gestação são, diretamente, influenciadas por esses hormônios. Por vezes temos mais sono, mais fome, mais fadiga, mais excitação, mais ansiedade.
A atividade física ajuda, digamos, na nossa resposta a esses hormônios.  A prática diária de atividade física promove controle da pressão arterial (diminui riscos de AVC), controle da insulina (diminui risco de diabetes), controle da serotonina (melhora qualidade do sono), diminuição do cortisol (diminuindo dores e inflamações), controle do apetite (favorece controle de peso), entre outros inúmeros benefícios.

Para aquelas que optam pelo parto normal, a atividade física contribui para melhor controle respiratório e força muscular, o que sem dúvida facilita no momento da expulsão do feto.

No pós-parto, a mulher ativa, também, recupera-se melhor que a sedentária. As chances de sangramento são menores. O útero se retrai mais rapidamente. Os músculos do abdome retornam a sua tensão normal mais facilmente. As possíveis dores pós –parto são diminuídas. Sem dúvida, praticar exercícios, de forma regular, durante a gestação, é uma das melhores coisas que a mulher pode fazer para sua saúde!

Sempre que recebo clientes gestantes, acho importante entender que tipo de atividade a pessoa gosta. Dentro das possibilidades, é importante termos entendido, claramente, os objetivos. Durante a gestação, nossos hormônios - os grandes responsáveis por tudo – estão voltados para a formação e desenvolvimento de um feto! Não adianta achar que vai ficar sarada, cheia de músculos, muito menos emagrecer.  Não temos hormônios circulando para esse propósito.  É por isso que eu retifico: Exercício fisico na gestação é para saúde!!! Também vale esclarecer, que, dependendo da fase gestacional, alguns exercícios são mais indicados que outros.  Exercícios respiratórios, de contração pélvica (períneo), alongamentos devem ser realizados com cautela em determinados períodos da gestação. Acima de tudo, respeitar seu corpo é fundamental! Se está se sentindo cansada ou está sofrendo com enjoos, o melhor é desmarcar a sessão e descansar!

Agora, a dica, talvez, mais importante: Quando nos descobrimos grávidas procuramos um ginecologista obstetra, certo?  Então, se vai fazer exercício procure a orientação de um profissional qualificado!  Mantenham-se ativas!!!   Mães ativas = bebes saudáveis!

Renata, obrigada pela oportunidade!!!

Espero ter contribuído esclarecendo algumas duvidas e motivado a todas a se manterem ativas, até porque, depois que nosso filhotes começam a engatinhar… tem que ter disposição!!!  ;-)

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

E nesse calor???

Aproveitando uma das coisas que a Bia falou no ultimo post, resolvi escrever sobre algo muito legal que venho fazendo com o Jonas e que tem sido uma "mão na roda"com esse calor que faz no nosso Rio de Janeiro: Andar de Bike!


Gente, que calor é esse?????? Nem tinha entrado a Primavera, e a gente já tava "grelhando" no vaporzinho caseiro, que fica por conta da temperatura externa... Um Inverno com temperaturas de 36o!!!! Surreal!!! Nesse verão, o "7 pele" vem abrir a estação, oficialmente, e ainda vai distribuir uns picolés de pimenta, só pra manter o clima bom!!!



Então, eu lembro que o Jonas sofria bastante de andar de carrinho, nesse calor todo... E no verão desse ano, ele tava com uns 6 meses, dai a solução ainda era o carrinho como locomoção... Ou o sling, que também não facilitava muito, pois dai, éramos ele e eu sentindo calor, juntos!!!



Quando o Jonas fez uns 9 meses, ele ja tava mais durinho, sentava firme, segurava as coisas direitinho... Meu pai colocou uma cadeirinha na Bike dele. Meu pai, sempre, andou de bicicleta... Inclusive, a bicicleta dele é mais velha que eu! Pra vc ter uma ideia de como ele gosta.. E se apega né?! Porque a bichinha ta la! Firme e forte!!! Já recauchutada várias vezes, mas não perdeu o seu charme, com o banquinho do Fluminense que meu pai colocou, que aliás, virou um ícone! Vc sabe, logo, que é meu pai que ta na area, porque a bicicleta do banquinho do Fluminense está presa, em algum poste na calçada.



Bom, ele começou a dar umas voltas com o Jonas na bike "guerreira", mas eram passeios curtos e, sempre, dentro do Parque que fica aqui, perto de casa, pra ele ir se adaptando e a gente ver, também, como ele ia reagir a novidade. OBVIO!!! Ele amou!!! Alias, novidade é uma coisa que Jonas adora!!! Sempre quer experimentar coisas!!! As vezes até demais! Sabe aquela fase oral, que a criança coloca tudo na boca? Pois é... acho que a dele não vai passar tão cedo!!! Curioso demaisssss!



Resultado, ele ja adaptado ao novo elemento de sua vida, compramos um capacete e meu pai começou a dar outras voltas com ele. Dai vc me pergunta: e ai? Vc não entrou nessa? Eu te respondo: O B V I O !!!! Hahahahahaha! Gente, essa é a maravilha da vida moderna!!! Hoje em dia, tudo que eu faço com o Jonas, eu vou de Bike!!! Tenho ate que combinar com meu pai os horários que vou usar, porque a Bike dele é q é boa... Eu ate tenho uma, mas a dele é bem melhor pra levar o Jonas... Acho que ta amaciada! Afinal, tinha séculos que eu não andava de Bike... E, até tentei recauchutar a minha, mas não ficou boa que nem a do meu pai, não... E andar de bicicleta né?! Vc sabe, a gente nunca esquece!!!

                          


E vou te falar, pra esse calor Senegalês que temos aqui no Rio, a Bike virou o carrinho de bebe oficial do Jonas. Além de encurtar as distancias, vc ainda faz um exercício!!! Fica com shape bom pro verão!!! Fora que o neném curte a vera!!! O Jonas agora ta com 1 ano e 2 meses e é só pegar o capacete, que ele vai, que nem um doidinho, pra porta, te puxando pela mão, para gente sair para pegar a Bike!!! 



O mais legal, é que tem tipo um grupo de pais, que andam de bike com seus filhos, também! Esse negocio de bicicleta, para o tipo de cidade em que vivemos, virou a solução!!! O Itaú que mandou bem!!! Agora, só falta colocar umas cadeirinhas nas bikes pras mamães e papais andarem com os bebes, Itaú! Fica a dica!!!


Mas falando em "corpitcho the verano", ja teve um post meu aqui no blog, que eu falei que, ter feito atividade física, durante a gravidez, foi o que me ajudou, e muito, na recuperação do meu parto: o Cesária Jogos Mortais!!! Pois é. Nem aquela de andar curvada, eu tive, pois meu corpo se recuperou muito rápido! E olha que eu não sou aquelas marombeiras do Instagran, nem fico mais de uma hr (no máximo) na academia! Apesar de ja fazer atividade, há um tempo, adaptei minha rotina para esse momento gravidez e fui a academia até a véspera do nascimento do Jonas! Mas isso, a gente vai falar em outro post! 


Enquanto isso, que tal dar umas voltinhas de Bike? Agora, pelo amor!!! Não esquece de proteger seu pequeno!!! E não vai me colocar um bebe que mal senta pra andar na cadeirinha da bicicleta!!! Infelizmente, essa atividade requer que o bebe já esteja mais durinho e seguro de alguns movimento... Mas se isso for o seu caso, APROVEITA!!! Vai unir o util ao agradável, pois além de fazer bem ao seu corpo, vai deixar sua rotina bem mais pratica, além de o pequeno se divertir horrores!!! Divirtam-se!!! 









quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Da solidão materna a libertação da mãe. - Por Bia Mello

Gente! Blogueira convidada na área! Como prometido, a Bia veio acrescentar o tema do puerpério (ou pos-parto mesmo!), mostrado a experiência dela nessa louca viagem que é ser mãe!
Se vc tem uma historia muito legal sobre sua experiência como mamãe de primeira viagem e quer dividir com a gente, é só entrar em contato aqui pelo Blog!

Ta contigo Bia!!!


Quando a Renata me convidou para escrever no blog Playing Paradise fiquei muito feliz! Ela, naturalmente, fez o que eu acredito sobre a relação entre mães. Nós nos conectamos! Tínhamos trocados algumas palavras e foi o suficiente para exercitarmos a empatia, por fazer parte do mesmo mundo materno. Renata, obrigada pela parceria, pelos diversos cafés e pela conexão!

***

Era chá de fraldas da minha filha, estava com 32 semanas e uma amiga perguntou-me quando seria melhor visitar a Lara, depois que ela nascesse. Na hora, eu respondi “quando você quiser, amiga!”. Eis que, uma pessoa muito próxima, interrompe a conversa e diz “é melhor esperar passar os primeiros meses para receber visitas, você estará tão cansada que não conseguirá servir uma fatia bolo para alguém”. Pronto! Acabei acreditando nessa sentença e, a partir daquele momento, estava certa que eu seria excluída do mundo.

Dramático, não? Mas foi assim que passei 4 meses da minha vida. Trancada em um apartamento, presa na rotina de mamadas, fraldas, banhos, golfadas e sonhando por uma benção divina, por uma noite de sono. Tudo para proteger a minha filha… Porque eu li, em algum lugar, que não se deve sair com o bebê antes de ter todas as vacinas. Porque, nesse mesmo lugar, dizia que todo bebê gosta de rotina e que os horários para cada mamada, troca de fralda, banho e soninho devem ser seguidos, rigorosamente. Porque todas as mães falavam como é cansativo cuidar de um bebê e eu tinha que me sentir igual. Porque eu ficava me convidando para a casa de qualquer parente, para passar uma tarde, só para sair de casa e ir para um lugar seguro com a minha filha. Porque eu me tornei refém de uma vida que eu não queria!

Os amigos vinham de vez enquando, mas não para conversar, bater aquele papo furado, mas para saber como a minha filha estava, se ela mamava bem, se ela dormia bem, se ela chorava muito, se ela tinha muita cólica. E eu, trouxa e orgulhosa, respondia a todas as perguntas com detalhes de quem lidava muito bem com tudo aquilo. Eram nesses momentos, que eu podia reforçar a imagem da super mãe… E quem iria perder essa oportunidade?

Mas, e as minhas perguntas? E se eu chorava muito? E se eu tomava banho? E se eu dormia? Ninguém perguntava ou queria saber. Pelo menos por whatsapp (viva a tecnologia!), algumas amigas que foram mães, recentemente, respondiam a uma dúvida ou outra, e perguntavam como eu estava… O que me fazia sentir que eu tinha alguma conexão com o mundo lá fora.

E lá se foram os dias passando, até que descobri um grupo de mães que fazia aulas de dança com seus bebês!!! Isso para mim foi libertador!!! Sim!!! É possível ter vida social, fazer um exercício, tomar um café, viver algo prazeroso para mim e estar com a minha bebê ao mesmo tempo! Contava os dias para a próxima aula…

A partir daí, descobri (e parei de me culpar) que tudo o que eu queria era, simplesmente, sair de casa e bater um papo com outras mães, não só sobre as dúvidas da maternidade, mas sobre fofocas e outras figurinhas, também. E fui mais além, descobri que não queria me livrar da minha filha para ter, novamente, momentos de convívio social… Que é possível ir e vir com um bebê pelas ruas, ao invés de ficar em casa sonhando com o dia que iria voltar a ter a minha vida, antes de ser mãe.

Muito louco isso! Sonhamos com aquela coisinha pequena em nossos braços, esse sonho nos faz mergulhar em um pesadelo construído pela sociedade de que mãe tem que ficar dedicada, exclusivamente, aos cuidados e proteção de seu filho, até sonharmos em não queremos ter aquela coisinha pequena nos braços e ter uma vida de volta.

Passou, então, a acontecer a parte gostosa da história.

Fiz uma lista de coisas que valiam a pena colocar na bolsa. Sempre fui uma pessoa muito prática, e não fazia sentido a mala ter tanta coisa que pesava mais do que a minha filha! Pronto! Primeiro obstáculo superado! E a desculpa de que sair com um bebê é muito complicado, porque tem que levar muita coisa, não existia mais! Comprei uma mochila!

Depois decidi experimentar esse negócio que está na moda, chamado sling. O que para mim era coisa de índio, passou a ser outra libertação! Gente! Eu não fazia ideia como aquele pedaço de pano poderia ser tão prático e confortável, tanto para mim quanto para a Lara! Amei tanto que cheguei a ter vários tipos, até descobrir qual fosse melhor para nós duas.

Hoje eu falo que é frescura, mas foi uma quebra de tabu colocar o peito para fora e amamentar a minha filha em qualquer lugar. Acabava sempre optando por um lugar mais reservado, não por vergonha, mas mais para curtir um momento de intimidade, entre mim e ela. Mas depois, de mudar esse pensamento, não perdi nenhum convite de almoço, não deixei de ir, a qualquer lugar, só porque, teoricamente, seria no horário da mamada da Lara. Como disse uma amiga muito queria, "hoje me arrependo de não ter saído mais, afinal de contas o peito estava comigo, era só levá-la comigo e tudo estaria resolvido".

E, nesse caminho, foram outras transformações: andar com ela sozinha de carro (visualiza o desafio: eu moro na Zona Sul e minha mãe na Barra),
dar uma volta no shopping (não tinha dinheiro para gastar, mas é sempre bom ver as modas e aproveitar o ar condicionado durante o verão mais quente do Rio), caminhar pela Lagoa (isto quer dizer, sair de carro e levar o carrinho na mala), brincar na areia da praia e ficar rosada por causa do sol (com direito a comer areia, é claro!), comprar uma cadeirinha para a bicicleta e me aventurar pelas ciclovias do Rio (passeio que ela curte muito e adora andar de bicicleta até hoje)…

Eu passei a conversar, abertamente, com outras mães sobre o que passava e receber um enorme carinho delas… Como eu sentia falta de um papo gostoso!!! E em troca ganhei conselhos (mesmo que alguns não fizessem sentido para mim) ganhei colo, abraços e amigas. 

Muita gente vai te dizer que você deve proteger o seu filho e que isso significa ficar em casa. Muita gente vai dizer que a maternidade é linda (principalmente nas novelas) e que puerpério não existe. Muita gente vai te falar sobre o lado negro da força e como ter um bebê é difícil e muito cansativo e o que salva é o amor que toda mãe tem pelo seu filho.


Enfim… O que eu posso te dizer é, que um bebê faz parte da sua vida e que despertará em você a leoa protetora de sua cria, mas que essa mesma leoa vive em bando, ela não cuida sozinha do seu filhote! Permita-se um colo! Busque um abraço, uma palavra, um carinho quando você precisar. Não viva a solidão! Viva a sua liberdade de ser mãe!