quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Para tirar a Zika! - Para as Crianças! - Por Fernanda Catharino

Sou Fernanda Catharino, tenho 38 anos, e me defino como uma mulher altamente realizada. Tenho pais maravilhosos, um marido sensacional e dois filhos, que são a razão da minha vida. Sou médica Pediatra, com muito amor e orgulho! Vivo para minhas crianças... filhos e pacientes! Sempre tive como meta na vida, tratar todas as pessoas como eu gostaria que tratassem minha família e principalmente meus filhos! Então sou aquela Pediatra grude sabe?! Pergunto, respondo, ligo, atendo. Tenho absoluta convicção que quando amamos o que fazemos, tudo fluiu com naturalidade. E assim caminho... no hospital, no consultório e nos atendimentos em sala de parto e berçários. A Renata me perguntou se eu gostaria de fazer mais essa parceria com ela, já que somos parceiras no acompanhamento do meu pequeno príncipe lindo Jonas, filho dela e meu paciente. Claro que topei! Adoro divulgações, explicações e principalmente adoro trabalhar falando de prevenção. E nesse momento nós não podíamos deixar de falar sobre a grande “estrela do momento”: o ZIKA vírus! O bichinho não veio pra brincadeira não... então vamos prestar atenção:

O ZIKA vírus, é um arbovírus da família Flaviviridae. É considerado endêmico no Leste e Oeste do continente Africano. O principal modo de transmissão é por vetores, especialmente a fêmea do mosquito Aedes aegypti. A doença febril causada pelo ZIKA vírus é aguda e autolimitada. A maioria das infecções são assintomáticas.

Quando sintomática, o quadro se manifesta com febre baixa, exantema pruriginoso (leões avermelhadas que coçam), artralgia (dor nas articulações), mialgia (dor muscular), cefaleia (dor de cabeça) , hiperemia conjuntival (irritação nos olhos) ,edema de extremidades (inchaço nas mãos e pés) e vômitos. Em geral, os sintomas podem durar até 7 dias.

O grande problema é que ainda não se conhece o potencial de morbidade e letalidade da doença. E nem sabemos ainda como exatamente esse vírus atinge o sistema nervoso de um adulto e também de um feto. Mas, estudos recentes mostram uma correlação com a ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (doença neurológica grave) e infecção congênita que pode levar a microcefalia (uma malformação cerebral). E mostram ainda que a doença pode ser transmitida pelo leite materno e até através do sêmen. Bizarro demais né?!

Não existe tratamento especifico. E como não possuímos no Brasil kits comerciais para realização de sorologia específica para ZIKA, o diagnóstico é clínico e diferencial com outras doenças exantemáticas (como Dengue, rubéola, exantema súbito). A PREVENÇÃO é o que temos de mais importante a fazer. Sendo assim, o uso de repelentes e telas de proteção e extermínio de focos criadouros de mosquitos, passa a ser um dever de todos nós. ATENÇÃO: PREVENÇÃO é a nossa arma minha gente!!!!!!! Estamos diante de um vírus “quase desconhecido” e para mantê-lo bem longe vou explicar um pouquinho na prática sobre alguns repelentes. Muito temos ouvido falar sobre os melhores repelentes disponíveis por ai... alguns que já tinham um preço mais salgado, foram superinflacionados e pasmem: sumiram das prateleiras! Vamos lá: Até os 6 meses de idade nenhuma loção anti-mosquito e nenhum repelente são aprovados para uso. Nessa fase, vale a proteção com roupas de malha fina e compridas, apesar do calor, e os famosos cortinados de berço e carrinho, e ainda as telas de proteção. E toda, mas toda atenção e cuidado com o bebê. Após os 6 meses até os 2 aninhos estão liberadas as loções anti-mosquito do tipo Johnson. Elas são oleosas e cheirosas, e devem ser reaplicadas a cada 4 horas. Acho sempre que devem ser aliadas as roupinhas mais compridas e aos cortinados quando o bebê dorme. Após os 2 anos, os repelentes podem e devem ser aplicados! E também devem ser reaplicados a cada 4 horas! Aí valem os OFF, REPELEX, EXPOSIS.  

Algumas dicas são interessantes: Não precisa aplicar o repelente próximo aos olhos e a boca. Os mosquito não chega perto se tiver uma aplicação próximo a esses locais de forma eficaz. E nesse super verão, vale a pena nos lembrar dos protetores solares e como conciliar seu uso com o do repelente. Oriento da seguinte forma: O protetor solar deve ser aplicado 20 minutos antes da exposição ao sol, então, apliquem o repelente e após 1hora apliquem o protetor. Sem mistérios.... conseguimos proteger de tudo. Repelentes em spray são ótimos para proteção das roupas da família! Vale a pena esse cuidado também! Algumas mamães que amamentam me perguntaram sobre aplicar o repelente nos seios. Pensem que o seio vai ter contato direto com a boca do bebê. Vale a mesma dica que dei para os olhos e boca.

Então, em época de ZIKA e de verão temos que ter sempre no nosso kit viagem, clube, praia, casa da vovó, e na nossa casa mesmo: Repelentes, filtro solar, roupas de proteção solar, chapéu/boné, muito líquido, um despertador que nos lembre a hora de  reaplicar o repelente e um celular pra tirar dúvidas com seu Pediatra a hora que for necessário!

Espero ter esclarecido mais duvidas que vcs possam ter. Qualquer outra pergunta, podem mandar aqui pro Playing Paradise, ou pelo pagina do FB, ok?

Beijos!
Fernanda Catharino

Para tirar a Zika! - Para as Gravidas! - Por Priscila Pyrrho

Olá!
Me chamo Priscila Pyrrho, tenho 35 anos, e sou Ginecologista e Obstetra por vocação e por paixão. Tenho um casal de filhos de 7 a 5 anos, e ser mãe foi fundamental para que eu me envolvesse ainda mais com o universo da maternidade e compreendesse, na pele, toda a ansiedade e a insegurança que surgem junto com esse período. Ultimamente parece que ser mãe está ficando cada vez mais difícil! Cada hora surgem mais motivos para dilemas e preocupações: é a amamentação, a mamadeira, a chupeta, a papinha, o agrotóxico, a creche, a babá, a volta ao trabalho, é isso, é aquilo outro... ufa! Cansa só de pensar!

E em meio a tudo isso, surge mais um motivo de polêmica e preocupação: a Zika.

A Zika é uma doença causada por um vírus, e que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Muita informação confusa, sem embasamento, muitos boatos e polêmica tem envolvido a Zika e o surto de microcefalia recente no Brasil. Já ouvi pessoas afirmando que a microcefalia nada teria a ver com a Zika, mas sim com o estado de anemia severa da população do nordeste. Também já ouvi pessoas dizendo que tudo isso estaria sendo causado por um lote de vacinas vencidas e que o governo estaria omitindo informações sobre isso. Outros já me questionaram como teriam descoberto relação entre a Zika e a microcefalia só agora, se é uma doença que já existia em outros países anteriormente.

Pra responder essas questões vou ter que voltar um pouquinho no tempo...



Foi na Floresta Zika, em Uganda, em 1947, que se isolou pela 1ª vez o vírus da Zika em macacos, durante monitoramento da febre amarela. A primeira infecção humana foi notificada em 1952. Porém a doença só tomou notoriedade internacional após um surto entre 2005 e 2007 na Oceania, quando foi então verificado seu potencial endêmico, e em seguida o surgimento de outros casos em outros lugares do mundo. Em fevereiro de 2015 o Ministério da Saúde começou a receber um numero grande de casos de doença exantemática sem causa definida, de evolução benigna e resolução espontânea, nos estado da Bahia, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba. No final de abril, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia anunciaram a identificação do vírus Zika. Depois disso, foi reconhecido a presença do vírus em 18 federações do país (áreas escuras no mapa), e em julho de 2015, foi comprovada a primeira síndrome neurológica relacionada ao vírus.

É impossível conhecer o número real de infectados pelo vírus Zika, pois é uma doença onde cerca de 80% dos infectados não apresentam sintoma algum, e grande parte dos infectados não procura nenhum serviço de saúde, dificultado ainda mais o conhecimento da magnitude da doença. Além disso, não há, até o momento, exames de qualidade ou quantidade suficientes para a confirmação da doença. Dessa forma, estima-se que, em 2015, o numero de infectados no país deva estar entre 500 mil a 1 milhão e meio.

Em outubro de 2015, o estado de Pernambuco solicitou apoio do Ministério da Saúde para investigar um surto de microcefalia na região, e este fez uma notificação à Organização Mundial de Saúde. Juntos com outros órgãos de investigação, aventou-se a hipótese de haver correlação com a infecção pelo Zika vírus, e em novembro, foi lançado um documento sobre o potencial de risco de microcefalia pós infecção pelo vírus. No documento consta o caso da Polinésia Francesa (o tal caso da Oceania que falei antes) que, também, teve um surto de microcefalia e malformações do sistema nervoso central, coincidindo com um período de epidemia da doença. Diante do documento, a Polinésia Francesa testou a sorologia específica em 4 mulheres cujos filhos haviam apresentado alterações, e identificaram positivo para Zika. Dai começou todo o bafafá!

A partir daí, se iniciaram uma série de testes e investigações clínicas, epidemiológicas e laboratoriais, que conseguiram identificar o vírus no líquido amniótico de gestantes, no tecido cerebral de fetos com microcefalia que evoluíram a óbito, e conseguiram elaborar a relação da doença exantemática nas gestantes com o aparecimento de alterações cerebrais no feto.

Dessa forma, ficou claro que o vírus da Zika, é de fato o causador do aumento de casos de microcefalia e lesões cerebrais atualmente identificados no país, e não por conta de vacinas vencidas nem por causa da pobreza e desnutrição no nordeste.

Agora vamos às perguntas que sempre me fazem depois que eu conto essa historia:

- Então é, realmente, perigoso pegar Zika na gravidez!?
R.: SIM. O Vírus da Zika, tem um tropismo, ou seja, uma preferência, pelo tecido do sistema nervoso, porém não se pode afirmar que a presença da Zika na gravidez leva, invariavelmente, à microcefalia. Assim como em outras infecções congênitas (ex: toxoplasmose, citomegalovírus), o desenvolvimento das anomalias pode variar de acordo com a carga viral, com a idade gestacional em que se teve a doença, com a imunidade da gestante, e com outros fatores ainda desconhecidos até o momento. Mesmo em fetos com o perímetro cefálico normal, já foram descritas outras alterações cerebrais, como calcificações parenquimatosas, hipoplasia de cerebelo, agenesia de vermis, ventriculomegalia, etc. Ou seja, não basta medir o tamanho da cabeça dos bebês, é preciso avaliação cuidadosa de todo o cérebro, sempre que houver suspeita da doença. Vale lembrar que a microcefalia relacionada à Zika é uma doença nova e que está sendo descrita pela primeira vez na história, baseada no que esta acontecendo no Brasil, então ainda restam muitas perguntas a serem respondidas.

- Qual o período da gravidez de maior risco pra gestante?
R.: Apesar do período embrionário (até 8 semanas) ser considerado o de maior risco para múltiplas complicações, sabe-se que o sistema nervoso central permanece suscetível a complicações durante toda a gestação, e a gravidade do comprometimento dependerá de uma série de fatores fetais e maternos. Tem-se cogitado também, a ocorrência de outras alterações, não neurológicas, relacionadas à Zika, como catarata congênita, cardite e aumento de timo, mas estas ainda necessitam de mais investigações.

- Existem outras causas de microcefalia? O que ela pode causar no bebê?
R.: Sim. Ela pode ser genética, pode ser causada por algum acidente vascular cerebral hemorrágico, pode ser por conta de outras infecções como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, pode ser causada também por agentes externos como álcool, radiação ou diabetes materna mal controlada, e ainda pode ser grave e crônica desnutrição. A microcefalia pode causar epilepsia, paralisia cerebral, retardo no desenvolvimento, problemas de visão e audição, e até a morte. Cada caso deve ser avaliado e tratado, individualmente.

- É verdade que a Zika também pode ser transmitida sexualmente, pela saliva e pelo leite?
R.: Já foi identificada a presença do vírus na urina, leite materno, saliva e sêmen, porém não significa que sejam importantes vias de transmissão, já que não foi observada a replicação viral nesses meios.

- Existe tratamento pra Zika?
R.: Não existe tratamento específico pra Zika. Recomenda-se o uso de sintomáticos como paracetamol e dipirona para dor e febre, e no caso de erupções pruriginosas, o uso de anti-histamínicos. Não de recomenda o uso de AAS e outros anti-inflamatórios, em função do risco de complicações hemorrágicas.

- Como me prevenir?
R.: Evitando áreas de risco, usando telas nas residências e repelentes. Para as gestantes são recomendados aqueles que contém DEET-N, N-dietil-3-metatoluamida, e icaridina. A aplicação do repelente deve ser feita sempre por último, ou seja, depois de maquiagem ou protetor solar.

Bem, eu sei que foi muita informação e muita coisa técnica, também! Mas acredito que, neste caso, não temos muito como fugir dos termos usados na área medica. E, principalmente, espero ter ajudado a esclarecer algumas duvidas que as pessoas vem tendo sobre a Zika.

Mas lembrem-se: antes de acreditar em qualquer informação disponível na internet, pesquise a fonte para ter certeza de que é segura!

Esse texto que escrevi foi baseado no Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika, do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, 2015. Então, se vocês quiseram checar a fonte, segue abaixo o link para acesso completo ao documento.

Agradeço à Renata pelo convite, pois gosto muito de poder ajudar e orientar as pessoas e se alguém tiver alguma outra duvida, fiquem a vontade para me enviar, através do blog ou da pagina do Playing Paradise no FaceBook. Terei prazer em ajudar!

Priscila Pyrrho

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Comer, beber... O que mais?


Meu nome é Cecilia, sou nutricionista clínica e funcional e atuo, há 8 anos, em um consultório em Niterói. Sou mãe de um lindo menino chamado Pedro, que apesar de seus 2 anos de idade me ensina todos os dias o que é ser mãe e uma pessoa melhor! 

Quando a Renata me chamou para essa parceria, fiquei muito feliz, pois sei que nos, mamães de primeira viagem, temos muitas dúvidas sobre varias questões, afinal, é toda uma nova vida que começa para nos, além de uma vida nova que colocamos no mundo.

Hoje, vamos falar um pouco sobre alimentação na gestação. E, se vcs gostarem, podemos falar de outros temas ligados a nutrição que, também, geram duvidas nas mamães.

A alimentação, durante o período gestacional, é sempre motivo de muita insegurança, mas para mim, que sou nutricionista! São muitos estudos, muitas discussões a cerca do que é melhor para o bebe. Vou tentar trazer aqui, um pouquinho do que devemos ou não comer e beber durante, essa fase, baseado na minha experiência e nesses estudos.

Durante os 9 meses, temos a responsabilidade de nos alimentarmos bem e de forma saudável para o crescimento adequado do bebe e para prevenção de doenças como diabetes gestacional, eclampsia, edemas, constipação, dentre outros.

Nos 3 primeiros meses, a palavra é enjoo! Algumas gravidas mais, outras menos. Alimentos cítricos, nesta fase, costumam ser melhores tolerados. Eu mascava cristais de gengibre, me ajudou muito. Tinha o habito, também, de tomar café – logo tirei, pois me agitava e dava muita náusea...

Importante, também, darmos preferencia para alimentos ricos em fibras, como frutas, legumes  e verduras, sem esquecer de higieniza-los, da forma correta, por favor!!! Para evitar a contaminação de protozoários, verminoses. Eu usava o hidrosteril. São 20 gotas para cada um litro de agua.  Tem varias outras marcas no mercado: agua sanitária, clorin... Outro habito que é legal introduzir é o consumo de cereais integrais como pães integrais, arroz integral, massas integrais, cereais como musli, granolas sem açúcar. Evitar, também, carnes mal passadas, ajuda a não termos surpresas indesejadas!!! As vezes, tinha festas de aniversários em churrascaria e ficava super atenta ao ponto da carne - sempre bem passada. Carne crua tem muitos riscos de contaminação, e, para grávida, esse risco pode ter consequências serias.

Dentro dos riscos de condições serias na gravides, encontramos o aumento da pressão arterial. Para evitar esse problema, fiquem atentas com o sal que, também, causa retenção de liquido. Em casa, troquei pelo sal rosa, mas pode ser o sal marinho, gersal, sal light com baixo teor de sódio. E pra quem acha que refrigerante não tem nada a ver com isso, fiquem sabendo que estes são ricos em sódio, diminuem a absorção de vitaminas e ainda causam desmineralização óssea! Isso tudo, mesmo sendo "doce"!!!

Falando em doces, muito cuidado com excesso dos doces! Esta, também, é outra causa de condição seria, na gravidez, pois aumentam a glicemia e prejudicam a oxigenação adequada do bebe. E, a verdade é que, com o aumento e variação hormonal, temos vontade de comer doce e coisas gostosas, o tempo todo. Mas temos que nos controlar, afinal, o que importa é a saúde, ainda mais nessa fase da vida, que vc está gerando outra vida! A maior duvida que tenho,, em consultório é a respeito do uso de adoçantes. As opções que temos mais indicados para uso das gravidas são:  xilitol e stevia e a sucralose, mas essa em quantidade moderada.

Sei que dei muitas indicações aqui e espero ter tirados algumas duvidas. Minha experiência como grávida foi muito enriquecedora, pois uma vez grávida, consegui perceber bem as dificuldades e incertezas que envolvem, essa fase... Ter que ficar atenta aos rótulos, produtos químicos, alterações em exames de sangue... E entendo que, em alguns momentos, nos bate um desanimo em ter que controlar tanto o que se come... O que tento passar para minhas pacientes é que o ganho de peso ser controlado, nada tem haver com estética, mas com a saúde do bebe e seu desenvolvimento. A alimentação adequada variada e rica em nutrientes, possibilita que o bebe ganhe peso, adequadamente, reduzindo complicações para mamãe e bebe, tanto durante a gravidez ,quanto no pos-parto. Sei que, as vezes, é chato pensar que vamos ficar cheias de restrições para comer isso ou aquilo e ter que ficar tomando conta de tudo que se come...  Mas a dica mais importante é: alimentação saudável, durante a gestação, é nossa primeira responsabilidade com nossos filhos!

Espero que tenha ajudado um pouquinho com minha experiência!!! E ficarei muito feliz em voltar com novos temas para conversarmos! Até a próxima!!!

Um beijo
Cecilia


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Sobre como eu fui quando fui diabética na gestação - Por Bia Mello

Sabe aquele exame, que fazemos na gravidez, que temos que tomar aquele xarope horroroso e ficar de castigo no laboratório, por algumas horas, para coletas de amostras de sangue? Só de lembrar, já deu um arrepio, não é? Agora, imagina só… eu fiz 3!

Mas, vamos voltar um pouco no tempo, alguns meses antes do primeiro exame da curva glicêmica.

Minha gravidez foi planejada. Para falar a verdade, fiquei surpresa por ter conseguido engravidar rápido. Sempre fui muito ansiosa e achava que isso atrapalharia as coisas. Mas nada como férias, não é mesmo? 

Os primeiros meses da gestação foram um mix de alegria e muito, mas bota muito enjoo. Perguntei para várias amigas se aquilo era normal. Pesquisei na internet todas as dicas, receitas da vovó, mandingas, qualquer coisa que fizesse passar aquele terrível mal estar. E o pior, é que as sugestões de “tratamento” eram para mulheres que enjoavam pela manhã, o que não era o meu caso. Eu passava muito mal a tarde. Parecia que o almoço queria bater longos papos comigo, até de noite e ficava no meu estômago, reinando soberano.

Resultado… só nos primeiros 5 meses, engordei quase 10kg. Sim! O que algumas mulheres engordam numa gravidez inteira. Por causa desses enjoos e por não conseguir manter uma alimentação regrada, engordei mais da metade do que ganhei de peso, durante toda a gestação.

Resultado 2… o exame de curva glicêmica indicou que eu estava com diabetes gestacional. Embora o ganho de peso tenha sido muito rápido e o histórico da minha família, também, favoreça a diabetes, foi um senhor surto, um verdadeiro soco no estômago. Acho que com aquele resultado, foi a primeira vez que me senti mãe. Tinha alguém dentro de mim, que dependia, realmente, do que eu fizesse aqui fora para se desenvolver bem, lá dentro.

O primeiro puxão de orelha foi da obstetra, que em um e-mail curto e direto, indicou que eu procurasse um endocrinologista e um nutricionista, o mais rápido possível. Não pensei duas vezes, encaminhei o e-mail para a minha nutricionista, aquela que eu deveria ter procurado, logo depois das férias, quando descobri que estava grávida. Segundo puxão de orelha! A dieta era muito restritiva. Mas para mim não importava, agora, era pela minha filha. O terceiro puxão de orelha veio do endocrinologista, este pelo menos era a primeira vez que me via. Foi indicação de uma amiga que, também, teve diabetes gestacional. Acho que o puxão de orelha, quem me deu, fui eu mesma durante a consulta, quando ele me explicou, com detalhes, o que poderia acontecer se eu não controlasse a glicose durante a gravidez. Tenso!

Passei uma semana pianinho! Seguindo todo o plano da nutricionista, mas não teve jeito. Mesmo controlando a alimentação, tive que usar insulina. Até que com o tempo, já estava na rotina os furos no dedo, e as picadas nas cochas e nos braços. Fora os roxos... Porque, uma coisa que eu tenho é boa mira! Como eu fui boa em acertar vasos com a aplicação da insulina e a minhas cochas e braços ficarem com pontos roxos. 

Claro que tinha o lado bom da história, toda história tem. Fui liberada para fazer hidroginástica e era a parte mais divertida do dia. Eu e as minhas amigas da terceira idade. A barriga ia crescendo e o número de vovós aquáticas que a Lara ganhava, também. Adorava estar dentro d’água. Era o único lugar com aquela barriga toda que eu me sentia leve e conseguia fazer os movimentos, pelos menos a maioria, porque tocar os dedos do pés com as mãos, era missão impossível. Conseguia até correr! Meu marido que ficava “preocupado” porque com tanta agitação, lá dentro a Lara tinha é que se segurar muito bem pelas paredes! kkkkk.

Não foi fácil! Mas também não foi o fim do mundo! Fui muito mais paparicada! Não podia comer na rua, mas quando ia na casa de alguém, sempre tinha alguma coisa especialmente preparada para mim. Minha bolsa pesava tanto quanto eu, com tantos lanches e alimentação “plano B”. Nunca comi tão saudável e tão bem, em toda a minha vida. Embora, toda ultra fosse um momento de apreensão, para saber se as medidas da Lara estavam dentro do normal. Era um alívio e uma felicidade saber que eu estava fazendo bem para a minha filha. E a cada nova consulta com a obstetra, ao invés de bronca pelos quilos a mais, era uma alegria pelos quilos a menos. Consegui emagrecer durante a gravidez. Eu perdi peso e a pequenininha lá dentro, ganhava. 

Então chegou o dia dela nascer. Eu queria muito o parto normal, mas tive um rompimento alto da bolsa e em função do risco de infecção pela diabetes gestacional, Lara nasceu de cesariana, mesmo depois de algumas tentativas de indução. Ainda por causa da diabetes gestacional, tanto eu quanto ela tínhamos nosso dedo e pezinho furados enquanto estivemos na maternidade. O risco dela nascer diabética ou fazer um quadro de hipoglicemia existia, mas, felizmente, eu cuidei muito bem da minha filha!


Saber que você está diabética na gestação é duro! Por isso, não deixe o sentimento de culpa e os “se” dominarem você. Procure uma boa equipe de saúde para te orientar e assuma seu papel de mãe. 

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

De dentro pra fora!!!

Eu sempre fiz atividade física... Não que eu seja a marombeira, ou atleta, mas tenho um problema de frouxidão ligamentar que só se resolve puxando ferro mesmo!!! Pra vcs terem uma ideia, meu ombro direito já saiu do lugar tantas vezes, que não tenho mais um dos tendões... Isso foi meio dramático! 
Pois quando descobri que meu tendão já era, faltavam 4 meses pro meu casamento e meu medico queria operar, sendo que a recuperação desse tipo de cirurgia são 6 meses do braço numa tipoia... Imagina que lindo, eu de tipoia branca casando na praia!!! Mas quem tem amigos, tem tudo!!! Minha amiga fisioterapeuta, Maite, me acalmou e disse: Vamos dar uma jeito de vc não precisar operar! E realmente, deu! Em 2 meses, meu braço estava ÓTEMO!!! Até o medico ficou admirado! E descartou a cirurgia, pois tinha recuperado as funções da articulação... 

Assim, o meu caso não era bizarro... O tendão que eu arrebentei era um que podia ser suprido pelas musculaturas do entorno, por isso que a fisioterapia funcionou. Mas dependendo do caso, só entrando "na faca" mesmo!

Isso foi só pra ilustrar, o nível da necessidade da pessoa de se manter em movimento... O ombro ainda é o mais tranquilo... Pior quando sai um tornozelo ou joelho... Isso sim é animado! Pra evitar isso, só com muita atividade mesmo! Na minha gravidez, tive que fazer um bom acompanhamento disso, pois não se pode tomar nada de remédio né?! Então, a palavra foi prevenção mesmo! Tanto que eu malhei até a véspera do nascimento do Jonas. E tinha acompanhamento de fisioterapia, também, o que foi ótimo, pois ajudou a evitar aquelas dores nas pernas e costas que toda gravida fica, né?! Eu nem tive tantas dores nas costas, mas meu quadril acabava comigo!!! Como as ancas abrem para a acomodação do bebe, meu quadril alargou que até hoje, não voltou pro lugar...

Mas além de cuidar do corpo, pelo lado de fora, eu cuidei, também, pelo lado de dentro: me alimentando bem! Não sei se eu cheguei a falar isso aqui, mas eu tenho Tireoidismo de Hashimoto. Gente, é um saco!!! É aquela doença da tireoide que bagunça o organismo da pessoa, com animação!!! O meu tireoidismo era para hipo, ou entre os amigos, aquele que te engorda, mesmo!!! E é super complexo pra engravidar com hipotireoidismo, traz um monte de problemas pro bebe e pode até acabar em aborto... Mas quando eu fiquei gravida, meu tireoidismo foi pra hiper, aquele que emagrece! Tanto que perdi 4 quilos no começo da gravidez, pois meu metabolismo tava numa animação frenética!!! Pois é... Isso fez com que eu tivesse que organizar minha alimentação na gravidez, de um jeito, que não ficasse com carência de nada. Mas o metabolismo tava tão doido, que entrei na suplementação! Tive que tomar Whey Protein. Eu tomei esse da Probiótica, que eu ja usava pra terinar. Na realidade, eu acho esse suplementos todos com um gosto enjoado... Mas esse é mais leve que os outros que eu tomei. Pra mim, suplemento de proteina, tinha que ser salgado e não doce!!! Ia ser muito mais gostoso de consumir! Anyway...



La pro sétimo mês, eu estava apresentando possibilidade de parto prematuro, dai minha nutricionista, Cecilia Santos, resolveu fazer uma dieta especifica para fazer o bebe crescer! Foi tipo assim: "Vamos focar no bebe, como estamos na reta final, vou deixar de lado a preocupação como ganho de peso e vamos fazer esse bebe ficar pronto pra vir ao mundo!". E assim, fizemos! Entrou a suplementação e focou muito no consumo de proteína!

Mas, não teve jeito, com 35 semanas, tive que fazer uma cesária de emergencia, pois minha placenta tinha parado de funcionar... O metabolismo tava mutcho loco!!! O corpo tava consumindo tudo quanto era tipo de coisa, que pudesse, para gerar energia... Dai, foi a placenta que "rodou"! Minha medica até me preparou, porque, pela idade gestacional, o Jonas, provavelmente, teria que ir pra incubadora... Só que NÃO! A dieta da Cecilia fez tanto efeito, que ele nasceu menorzinho, afinal, ainda tinha um mês pra ficar na barriga, mas veio perfeito, com os pulmões, totalmente, operantes! Sai do hospital em 48 horas com meu bebe nos braço e amamentando!

Vou te falar, que sempre acreditei que o que a gente bota pra dentro, reflete muito no nosso lado de fora! E essa mudança boba na alimentação fez toda a diferença, na hora de um problema serio. Portanto, esse papo de vou "comer por dois", "depois eu faço dieta para voltar pro corpo, mas agora vou comer o que quiser", pode ser mó armadilha! Vc não tem como saber o que vai acontecer, então, é melhor se preparar mesmo! 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Mães ativas = bebes saudaveis! - Por Luciana Galvão

Quando a Renata me convidou para participar do blog, falando um pouco sobre atividade física na gestação, fiquei bastante animada! Falar sobre as duas coisas que mais amo na vida….fica até fácil!  (rsrsrs) Então vou me apresentar, rapidamente, para que vocês entendam…

Sou Luciana Galvão, formada em Educação física pela UFRJ, atuante na área de personal trainer e mãe do Arthur de 4 anos, a melhor parte de mim!
Em primeiro lugar, gostaria de esclarecer que as considerações que farei aqui, não são verdades absolutas. Cada mulher, cada gestação, cada esporte ou exercício, devem ser escolhidos e orientados com base na saúde da gestante, e sempre respeitando as orientações médicas.

Durante a minha gestação, eu me mantive ativa. Fazia caminhadas, natação, musculação e alongamentos.  Acha muito? Bom, eu trabalho com exercício e pratico esportes desde nova, então, não fiz nada que meu corpo já não estivesse adaptado.   Isso é importante! Iniciar suas atividades físicas quando se descobre gestante é diferente. Não pode? Pode…deve, mas a cautela deve ser redobrada!  Ainda assim, eu parei de corer, parei de andar de patins e de surfar (tá bom…esse ultimo é mentira…nunca surfei!)  Por que, não pode corer? Não pode andar de patins nem surfar?  Poder, pode, mas eu, particularmente, não queria corer o risco de me sobrecarregar com impactos ou quedas.

Daí você pode pensar: "mas a “fulana” participou de maratona. A “beltrana” fazia yoga na sauna…" e eu vou ser bem direta na minha resposta: Conheço inúmeras gestantes que jogaram vôlei profissional, fizeram triathlon, surfaram e ficaram ótimas, mas, definitivamente, são a minoria.  E eu aposto que a “fulana” e a “beltrana”    treinavam “hard” de longa data….

Então, a grande questão da atividade física na gestação é manter-se ativa, para que a gestação e a recuperação pós –parto seja melhor.

Como assim? Ora, durante a gestação sofremos uma sobrecarga de hormónios tão grande que somos capazes de formar um feto!!! As diferentes fazes da gestação são, diretamente, influenciadas por esses hormônios. Por vezes temos mais sono, mais fome, mais fadiga, mais excitação, mais ansiedade.
A atividade física ajuda, digamos, na nossa resposta a esses hormônios.  A prática diária de atividade física promove controle da pressão arterial (diminui riscos de AVC), controle da insulina (diminui risco de diabetes), controle da serotonina (melhora qualidade do sono), diminuição do cortisol (diminuindo dores e inflamações), controle do apetite (favorece controle de peso), entre outros inúmeros benefícios.

Para aquelas que optam pelo parto normal, a atividade física contribui para melhor controle respiratório e força muscular, o que sem dúvida facilita no momento da expulsão do feto.

No pós-parto, a mulher ativa, também, recupera-se melhor que a sedentária. As chances de sangramento são menores. O útero se retrai mais rapidamente. Os músculos do abdome retornam a sua tensão normal mais facilmente. As possíveis dores pós –parto são diminuídas. Sem dúvida, praticar exercícios, de forma regular, durante a gestação, é uma das melhores coisas que a mulher pode fazer para sua saúde!

Sempre que recebo clientes gestantes, acho importante entender que tipo de atividade a pessoa gosta. Dentro das possibilidades, é importante termos entendido, claramente, os objetivos. Durante a gestação, nossos hormônios - os grandes responsáveis por tudo – estão voltados para a formação e desenvolvimento de um feto! Não adianta achar que vai ficar sarada, cheia de músculos, muito menos emagrecer.  Não temos hormônios circulando para esse propósito.  É por isso que eu retifico: Exercício fisico na gestação é para saúde!!! Também vale esclarecer, que, dependendo da fase gestacional, alguns exercícios são mais indicados que outros.  Exercícios respiratórios, de contração pélvica (períneo), alongamentos devem ser realizados com cautela em determinados períodos da gestação. Acima de tudo, respeitar seu corpo é fundamental! Se está se sentindo cansada ou está sofrendo com enjoos, o melhor é desmarcar a sessão e descansar!

Agora, a dica, talvez, mais importante: Quando nos descobrimos grávidas procuramos um ginecologista obstetra, certo?  Então, se vai fazer exercício procure a orientação de um profissional qualificado!  Mantenham-se ativas!!!   Mães ativas = bebes saudáveis!

Renata, obrigada pela oportunidade!!!

Espero ter contribuído esclarecendo algumas duvidas e motivado a todas a se manterem ativas, até porque, depois que nosso filhotes começam a engatinhar… tem que ter disposição!!!  ;-)

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

E nesse calor???

Aproveitando uma das coisas que a Bia falou no ultimo post, resolvi escrever sobre algo muito legal que venho fazendo com o Jonas e que tem sido uma "mão na roda"com esse calor que faz no nosso Rio de Janeiro: Andar de Bike!


Gente, que calor é esse?????? Nem tinha entrado a Primavera, e a gente já tava "grelhando" no vaporzinho caseiro, que fica por conta da temperatura externa... Um Inverno com temperaturas de 36o!!!! Surreal!!! Nesse verão, o "7 pele" vem abrir a estação, oficialmente, e ainda vai distribuir uns picolés de pimenta, só pra manter o clima bom!!!



Então, eu lembro que o Jonas sofria bastante de andar de carrinho, nesse calor todo... E no verão desse ano, ele tava com uns 6 meses, dai a solução ainda era o carrinho como locomoção... Ou o sling, que também não facilitava muito, pois dai, éramos ele e eu sentindo calor, juntos!!!



Quando o Jonas fez uns 9 meses, ele ja tava mais durinho, sentava firme, segurava as coisas direitinho... Meu pai colocou uma cadeirinha na Bike dele. Meu pai, sempre, andou de bicicleta... Inclusive, a bicicleta dele é mais velha que eu! Pra vc ter uma ideia de como ele gosta.. E se apega né?! Porque a bichinha ta la! Firme e forte!!! Já recauchutada várias vezes, mas não perdeu o seu charme, com o banquinho do Fluminense que meu pai colocou, que aliás, virou um ícone! Vc sabe, logo, que é meu pai que ta na area, porque a bicicleta do banquinho do Fluminense está presa, em algum poste na calçada.



Bom, ele começou a dar umas voltas com o Jonas na bike "guerreira", mas eram passeios curtos e, sempre, dentro do Parque que fica aqui, perto de casa, pra ele ir se adaptando e a gente ver, também, como ele ia reagir a novidade. OBVIO!!! Ele amou!!! Alias, novidade é uma coisa que Jonas adora!!! Sempre quer experimentar coisas!!! As vezes até demais! Sabe aquela fase oral, que a criança coloca tudo na boca? Pois é... acho que a dele não vai passar tão cedo!!! Curioso demaisssss!



Resultado, ele ja adaptado ao novo elemento de sua vida, compramos um capacete e meu pai começou a dar outras voltas com ele. Dai vc me pergunta: e ai? Vc não entrou nessa? Eu te respondo: O B V I O !!!! Hahahahahaha! Gente, essa é a maravilha da vida moderna!!! Hoje em dia, tudo que eu faço com o Jonas, eu vou de Bike!!! Tenho ate que combinar com meu pai os horários que vou usar, porque a Bike dele é q é boa... Eu ate tenho uma, mas a dele é bem melhor pra levar o Jonas... Acho que ta amaciada! Afinal, tinha séculos que eu não andava de Bike... E, até tentei recauchutar a minha, mas não ficou boa que nem a do meu pai, não... E andar de bicicleta né?! Vc sabe, a gente nunca esquece!!!

                          


E vou te falar, pra esse calor Senegalês que temos aqui no Rio, a Bike virou o carrinho de bebe oficial do Jonas. Além de encurtar as distancias, vc ainda faz um exercício!!! Fica com shape bom pro verão!!! Fora que o neném curte a vera!!! O Jonas agora ta com 1 ano e 2 meses e é só pegar o capacete, que ele vai, que nem um doidinho, pra porta, te puxando pela mão, para gente sair para pegar a Bike!!! 



O mais legal, é que tem tipo um grupo de pais, que andam de bike com seus filhos, também! Esse negocio de bicicleta, para o tipo de cidade em que vivemos, virou a solução!!! O Itaú que mandou bem!!! Agora, só falta colocar umas cadeirinhas nas bikes pras mamães e papais andarem com os bebes, Itaú! Fica a dica!!!


Mas falando em "corpitcho the verano", ja teve um post meu aqui no blog, que eu falei que, ter feito atividade física, durante a gravidez, foi o que me ajudou, e muito, na recuperação do meu parto: o Cesária Jogos Mortais!!! Pois é. Nem aquela de andar curvada, eu tive, pois meu corpo se recuperou muito rápido! E olha que eu não sou aquelas marombeiras do Instagran, nem fico mais de uma hr (no máximo) na academia! Apesar de ja fazer atividade, há um tempo, adaptei minha rotina para esse momento gravidez e fui a academia até a véspera do nascimento do Jonas! Mas isso, a gente vai falar em outro post! 


Enquanto isso, que tal dar umas voltinhas de Bike? Agora, pelo amor!!! Não esquece de proteger seu pequeno!!! E não vai me colocar um bebe que mal senta pra andar na cadeirinha da bicicleta!!! Infelizmente, essa atividade requer que o bebe já esteja mais durinho e seguro de alguns movimento... Mas se isso for o seu caso, APROVEITA!!! Vai unir o util ao agradável, pois além de fazer bem ao seu corpo, vai deixar sua rotina bem mais pratica, além de o pequeno se divertir horrores!!! Divirtam-se!!! 









quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Da solidão materna a libertação da mãe. - Por Bia Mello

Gente! Blogueira convidada na área! Como prometido, a Bia veio acrescentar o tema do puerpério (ou pos-parto mesmo!), mostrado a experiência dela nessa louca viagem que é ser mãe!
Se vc tem uma historia muito legal sobre sua experiência como mamãe de primeira viagem e quer dividir com a gente, é só entrar em contato aqui pelo Blog!

Ta contigo Bia!!!


Quando a Renata me convidou para escrever no blog Playing Paradise fiquei muito feliz! Ela, naturalmente, fez o que eu acredito sobre a relação entre mães. Nós nos conectamos! Tínhamos trocados algumas palavras e foi o suficiente para exercitarmos a empatia, por fazer parte do mesmo mundo materno. Renata, obrigada pela parceria, pelos diversos cafés e pela conexão!

***

Era chá de fraldas da minha filha, estava com 32 semanas e uma amiga perguntou-me quando seria melhor visitar a Lara, depois que ela nascesse. Na hora, eu respondi “quando você quiser, amiga!”. Eis que, uma pessoa muito próxima, interrompe a conversa e diz “é melhor esperar passar os primeiros meses para receber visitas, você estará tão cansada que não conseguirá servir uma fatia bolo para alguém”. Pronto! Acabei acreditando nessa sentença e, a partir daquele momento, estava certa que eu seria excluída do mundo.

Dramático, não? Mas foi assim que passei 4 meses da minha vida. Trancada em um apartamento, presa na rotina de mamadas, fraldas, banhos, golfadas e sonhando por uma benção divina, por uma noite de sono. Tudo para proteger a minha filha… Porque eu li, em algum lugar, que não se deve sair com o bebê antes de ter todas as vacinas. Porque, nesse mesmo lugar, dizia que todo bebê gosta de rotina e que os horários para cada mamada, troca de fralda, banho e soninho devem ser seguidos, rigorosamente. Porque todas as mães falavam como é cansativo cuidar de um bebê e eu tinha que me sentir igual. Porque eu ficava me convidando para a casa de qualquer parente, para passar uma tarde, só para sair de casa e ir para um lugar seguro com a minha filha. Porque eu me tornei refém de uma vida que eu não queria!

Os amigos vinham de vez enquando, mas não para conversar, bater aquele papo furado, mas para saber como a minha filha estava, se ela mamava bem, se ela dormia bem, se ela chorava muito, se ela tinha muita cólica. E eu, trouxa e orgulhosa, respondia a todas as perguntas com detalhes de quem lidava muito bem com tudo aquilo. Eram nesses momentos, que eu podia reforçar a imagem da super mãe… E quem iria perder essa oportunidade?

Mas, e as minhas perguntas? E se eu chorava muito? E se eu tomava banho? E se eu dormia? Ninguém perguntava ou queria saber. Pelo menos por whatsapp (viva a tecnologia!), algumas amigas que foram mães, recentemente, respondiam a uma dúvida ou outra, e perguntavam como eu estava… O que me fazia sentir que eu tinha alguma conexão com o mundo lá fora.

E lá se foram os dias passando, até que descobri um grupo de mães que fazia aulas de dança com seus bebês!!! Isso para mim foi libertador!!! Sim!!! É possível ter vida social, fazer um exercício, tomar um café, viver algo prazeroso para mim e estar com a minha bebê ao mesmo tempo! Contava os dias para a próxima aula…

A partir daí, descobri (e parei de me culpar) que tudo o que eu queria era, simplesmente, sair de casa e bater um papo com outras mães, não só sobre as dúvidas da maternidade, mas sobre fofocas e outras figurinhas, também. E fui mais além, descobri que não queria me livrar da minha filha para ter, novamente, momentos de convívio social… Que é possível ir e vir com um bebê pelas ruas, ao invés de ficar em casa sonhando com o dia que iria voltar a ter a minha vida, antes de ser mãe.

Muito louco isso! Sonhamos com aquela coisinha pequena em nossos braços, esse sonho nos faz mergulhar em um pesadelo construído pela sociedade de que mãe tem que ficar dedicada, exclusivamente, aos cuidados e proteção de seu filho, até sonharmos em não queremos ter aquela coisinha pequena nos braços e ter uma vida de volta.

Passou, então, a acontecer a parte gostosa da história.

Fiz uma lista de coisas que valiam a pena colocar na bolsa. Sempre fui uma pessoa muito prática, e não fazia sentido a mala ter tanta coisa que pesava mais do que a minha filha! Pronto! Primeiro obstáculo superado! E a desculpa de que sair com um bebê é muito complicado, porque tem que levar muita coisa, não existia mais! Comprei uma mochila!

Depois decidi experimentar esse negócio que está na moda, chamado sling. O que para mim era coisa de índio, passou a ser outra libertação! Gente! Eu não fazia ideia como aquele pedaço de pano poderia ser tão prático e confortável, tanto para mim quanto para a Lara! Amei tanto que cheguei a ter vários tipos, até descobrir qual fosse melhor para nós duas.

Hoje eu falo que é frescura, mas foi uma quebra de tabu colocar o peito para fora e amamentar a minha filha em qualquer lugar. Acabava sempre optando por um lugar mais reservado, não por vergonha, mas mais para curtir um momento de intimidade, entre mim e ela. Mas depois, de mudar esse pensamento, não perdi nenhum convite de almoço, não deixei de ir, a qualquer lugar, só porque, teoricamente, seria no horário da mamada da Lara. Como disse uma amiga muito queria, "hoje me arrependo de não ter saído mais, afinal de contas o peito estava comigo, era só levá-la comigo e tudo estaria resolvido".

E, nesse caminho, foram outras transformações: andar com ela sozinha de carro (visualiza o desafio: eu moro na Zona Sul e minha mãe na Barra),
dar uma volta no shopping (não tinha dinheiro para gastar, mas é sempre bom ver as modas e aproveitar o ar condicionado durante o verão mais quente do Rio), caminhar pela Lagoa (isto quer dizer, sair de carro e levar o carrinho na mala), brincar na areia da praia e ficar rosada por causa do sol (com direito a comer areia, é claro!), comprar uma cadeirinha para a bicicleta e me aventurar pelas ciclovias do Rio (passeio que ela curte muito e adora andar de bicicleta até hoje)…

Eu passei a conversar, abertamente, com outras mães sobre o que passava e receber um enorme carinho delas… Como eu sentia falta de um papo gostoso!!! E em troca ganhei conselhos (mesmo que alguns não fizessem sentido para mim) ganhei colo, abraços e amigas. 

Muita gente vai te dizer que você deve proteger o seu filho e que isso significa ficar em casa. Muita gente vai dizer que a maternidade é linda (principalmente nas novelas) e que puerpério não existe. Muita gente vai te falar sobre o lado negro da força e como ter um bebê é difícil e muito cansativo e o que salva é o amor que toda mãe tem pelo seu filho.


Enfim… O que eu posso te dizer é, que um bebê faz parte da sua vida e que despertará em você a leoa protetora de sua cria, mas que essa mesma leoa vive em bando, ela não cuida sozinha do seu filhote! Permita-se um colo! Busque um abraço, uma palavra, um carinho quando você precisar. Não viva a solidão! Viva a sua liberdade de ser mãe!