Sabe quando
aquele convite é feito e você vibra por ter sido escolhida para falar dele?
Este foi exatamente assim! Falou em sala de parto eu já estou vibrando! Com
certeza é o que eu mais amo fazer na minha vida! Fazer uma sala de parto é
participar de um momento único na vida de qualquer família. 
Para estreitar
cada vez mais o laço família – pediatra, “inventei”, como já falei pra vocês em
outros posts, a consulta pré-natal com a Pediatra escolhida. Digo que inventei,
pois não conhecia ninguém que fazia isso antes.  Daí, um dia pensei que se já conhecesse a família antes,
explicasse a eles tudo que acontece durante um trabalho de parto, durante o
momento parto e, principalmente o que acontece com o bebê logo assim que ele
nasce, tudo fluiria com mais naturalidade, tudo seria menos invasivo possível,
mas com certeza tudo com os olhares mais responsáveis do mundo sob o bem mais
precioso que acabara de chegar. E melhor ainda, sob o olhar que mamãe e papai
escolheram para estar ali naquele momento. Vale lembrar que o pai, ou o
acompanhante escolhido pela mãe, deve participar da consulta pré –natal também!
É importante ele ter ideia de tudo que vai acontecer lá e acompanhar o bebê
logo após o nascimento!
O papel do
pediatra na sala de parto traz TODA 
segurança que uma equipe obstétrica necessita. E é, por isso,
INDISPENSÁVEL! O Pediatra é  aquele
que diz o que todos querem ouvir ( “O bebê está ótimo!”)  e, é o médico habilitado através de
cursos específicos oferecidos pela Sociedade Brasileira de Pediatria, para
intervir quando há necessidade. Sim, na sala de parto podem acontecer situações
graves que necessitem de conhecimento, rapidez e habilidade para resolver.
Quando o bebê
nasce, seja de parto normal ou cesariana, a primeira preocupação deve ser a
prevenção da hipotermia através de calor, panos aquecidos e contato pele-a pele
com a mãe. Foi criado um Indice chamado APGAR, que são as famosas “notinhas”
dadas ao bebê no primeiro e no quinto minuto de vida. Essas notinhas indicam
principalmente se o recém- nascido sofreu algum grau de asfixia (falta de
oxigenação), que o impeça de seguir em aleitamento materno assim que possível.
O Apgar avalia características como  respiração (choro), frequência cardíaca, irritabilidade do
bebê, tônus muscular e a cor do bebê ao nascimento. São dadas notas de 0 , 1 ou
2 para cada item, no primeiro e no quinto minuto de vida. A soma deles deve ser
superior a 5 sempre para que o bebê siga em alojamento conjunto e em
aleitamento materno exclusivo com sua 
mãe. 
Dado o Apgar,
é realizado o primeiro exame físico do bebê, para que possam ser checadas as
informações ultrassonográficas já vistas 
laaaá na consulta pré-natal.... 
seguimos então com o clampeamento definitivo do cordão umbilical, coleta
de sangue deste cordão para realização de tipagem sanguínea e fator Rh e  identificação do bebê e da mãe.
Preconizando o
parto cada vez mais humanizado (sim, eu faço sala de parto de “cesárea
humanizada”) o bebê deve estar junto de sua mãe o mais breve possível e o
contato com o seio materno deve ser incentivado ainda dentro da sala de parto.
Há estudos que comprovam que o sucesso do aleitamento materno exclusivo até os
6 meses de idade, está diretamente ligado `a essa  prática! 
Portanto mamãe
e bebê deve ser separados apenas para procedimentos de pesagem, medidas e
cuidados específicos como realização de vitamina K (para prevenção de doença
hemorrágica do RN), realização de CREDE ocular nos partos vaginais, e colocação
de roupinhas adequadas a temperatura. Esses procedimentos devem ser rápidos e o
bebê deve voltar aos braços maternos o quanto antes!
Certamente é
um momento sublime! E deve fazer parte dele pessoas especiais e escolhidas por
você mamãe, a dedo! Faça questão disso! Vale muito a pena! Conheça seu
Pediatra! Estreite essa relação!
 
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